Após conversa entre Trump e Putin, Kremlin fala em 'momento histórico' e sugere aliança

  • 18/03/2025
(Foto: Reprodução)
Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia conversaram por cerca de duas horas no telefone nesta terça-feira (18). Enviado especial do Kremlin afirmou que 'mundo se tornou lugar melhor sob a liderança do presidente Putin e do presidente Trump'. Guerra na Ucrânia: expectativas pela paz são cautelosas na Europa Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, conversaram por telefone nesta terça-feira (18) por quase duas horas. Após a ligação, o Kremlin disse que a conversa foi bem e falou em "momento histórico". "Sob a liderança do presidente Putin e do presidente Trump, o mundo se tornou um lugar muito mais seguro hoje! Histórico! Épico!", disse o enviado do governo russo de cooperação internacional, Kirill Dmitriev, afir A conversa durou quase duas horas, segundo a Casa Branca e o Kremlin. Ambos confirmaram que a ligação terminou e que a conversa foi boa. Até a última atualização desta reportagem, nenhuma das partes havia informado quais foram os assuntos abordados na conversa, mas a Casa Branca disse que um comunicado sobre o telefonema seria divulgado "em breve". ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em um post na rede social X, às 11h54 do horário de Brasília, Dan Scavino, vice-chefe de gabinete da Casa Branca, revelou que os dois começaram a ligação por volta das 11h no horário de Brasília e disse que "a ligação está indo bem". O Kremlin confirmou a informação. As discussões entre EUA e Rússia A conversa entre Trump e Putin era esperada desde semana passada, quando o russo encontrou com o enviado especial do americano em Moscou e falou sobre as exigências que tinha para concordar com a proposta de cessar-fogo dos EUA para a guerra na Ucrânia. Trump quer tentar garantir o apoio de Putin para um cessar-fogo de 30 dias, aceito pela Ucrânia. Enquanto isso, ambos os lados continuam os ataques aéreos, e a Rússia se aproxima de expulsar as forças ucranianas de Kursk, na Rússia. O presidente americano afirmou que os soldados ucranianos estão "em grandes apuros". Trump sugeriu ainda que a suspensão de ajuda militar à Ucrânia e o bate-boca que ele teve com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, podem ter influenciado Kiev a aceitar a proposta. "O que está acontecendo na Ucrânia não é bom, mas vamos ver se conseguimos trabalhar em um acordo de paz, um cessar-fogo e a paz, e acho que seremos capazes de fazer isso”, disse Trump na segunda-feira (17). Um dia antes, ao ser questionado sobre possíveis concessões nas negociações, Trump mencionou a divisão de terras da Ucrânia e o controle de usinas, sem dar mais detalhes. “Vamos falar sobre terra. Vamos falar sobre usinas ... Já estamos falando sobre isso, dividindo certos ativos”, disse o presidente americano. A Casa Branca confirmou que no radar das negociações está a usina de Zaporizhzhia, que é a maior usina nuclear da Europa . Enquanto isso, Zelensky acusa Putin de prolongar a guerra. Segundo ele, a proposta de cessar-fogo já poderia ter sido implementada há uma semana, e "cada dia em tempo de guerra significa vidas humanas". A Rússia disse na sexta-feira (14) que Putin enviou uma mensagem a Trump sobre seu plano de cessar-fogo por meio do enviado dos EUA, Steve Witkoff. No domingo, Witkoff, o secretário de Estado Marco Rubio e o conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, enfatizaram que ainda existem desafios a serem resolvidos antes que a Rússia aceite um cessar-fogo. LEIA TAMBÉM Rússia exige anexar um quinto do território da Ucrânia para aceitar cessar-fogo; veja exigências Israel lança série de ataques contra alvos terroristas na Faixa de Gaza França falaria alemão se não fosse pelos EUA, diz porta-voz da Casa Branca Garantias à 'prova de ferro' Trump e Putin Reuters Zelensky acredita que há uma chance de acabar com a guerra, mas reafirma que a soberania e os territórios da Ucrânia são inegociáveis. A Rússia, por sua vez, exige garantias de segurança, incluindo a Ucrânia fora da Otan, além de controle sobre as áreas ocupadas. A Rússia também quer que as sanções ocidentais sejam amenizadas e que uma eleição presidencial seja realizada na Ucrânia. "Vamos exigir que garantias de segurança à prova de ferro façam parte deste acordo", disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, à mídia russa. Putin afirma que suas ações na Ucrânia visam proteger a segurança nacional da Rússia contra o que ele considera um Ocidente agressivo e hostil, em particular a expansão da Otan para o leste. Já a Ucrânia e seus parceiros ocidentais afirmam que a Rússia está travando uma guerra de agressão não provocada e uma anexação imperialista de terras. A chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, disse na segunda-feira que as condições exigidas pela Rússia para aceitar um cessar-fogo mostram que Moscou realmente não quer a paz. Enquanto isso, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que "um número significativo" de nações europeias estava disposto a enviar tropas de paz para a Ucrânia no caso de um acordo de paz. Os chefes de defesa se reunirão esta semana para firmar os planos. A Rússia descartou a presença de pacificadores até que a guerra termine. VÍDEOS: mais assistidos do g1

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/ucrania-russia/noticia/2025/03/18/apos-conversa-entre-trump-e-putin-kremlin-fala-em-momento-historico.ghtml


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