Caminhão que tombou e matou trabalhador de obra de duplicação da AL-101 Norte funcionava em condições precárias, dizem colegas: 'Não tinha freio'

  • 12/03/2025
(Foto: Reprodução)
Jackson Santos da Cunha, 46 anos, morreu após o caminhão-pipa que dirigia tombar em Riacho Doce, em Maceió, e ele ficar preso às ferragens. Ele era evangélico e pais de dois filhos. Polícia Civil e Ministério do Trabalho investigam o acidente fatal. Polícia Civil investiga causas de acidente que matou trabalhador de obra na AL101-Norte Jackson Santos da Cunha, 46 anos, morreu após o caminhão-pipa que ele dirigia tombar na obra de duplicação da AL-101 Norte, em Riacho Doce, em Maceió, na terça-feira (11). Ele foi sétima pessoa morta por acidente de trabalho em Alagoas nos três primeiros meses de 2025, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. 📲 Participe do canal do g1 AL no WhatsApp O trabalhador era evangélico e deixou dois filhos. Colegas de trabalho o descreveram como amigo e profissional. "Um excelente trabalhador, profissional, amigo de todos, evangélico, pai de dois filhos", disse um colega. Segundo denúncias de trabalhadores da obra, o caminhão que Jackson Santos dirigia no momento do acidente funcionava em condições precárias. "Um equipamento que não funcionava, que já foi relatado que não funcionava. Não tinha freio. Não tinha força. O equipamento, a maioria, não prestava. A gente relatava, relatava. Não tinha checklist. A gente relatava os defeitos dos equipamentos. Ia para a oficina, voltava do mesmo jeito e às vezez pior", disse um trabalhador que preferiu não se identificar. Caminhão-pipa tombou e matou trabalhador da obra de duplicação da AL-101 Norte, em Riacho Doce, em Maceió Reprodução/TV Gazeta O superintendente Regional do Trabalho em Alagoas, Cícero Filho, afirmou que Ministério do Trabalho e Emprego vai ouvir funcionários e os responsáveis pelo consórcio de construtoras que trabalham diretamente na obra e que um relatório será elaborado e encaminhado a diversos órgãos. "Um trabalho amplo. Um trabalho técnico muito bem elaborado pela auditoria fiscal. Daí podem sugir autuações. A empresa pode ser autuada, pode ser multada, a obra pode ser embargada, interditada, e, ao final dessa fiscalização é feito um relatório, onde a auditoria, por meio desse relatório, encaminha para órgãos competentes, como o MPF, o MPT, a própria Polícia Civil, para que esse relatório sirva como base para que esses outros órgãos atuem nas suas esferas, ou seja, eles tomem as providências que competem a eles", disse. O delegado Carlos Alberto Reis, titular da Delegacia de Trânsito da Capital, disse que a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as causas e as responsabilidades sobre o acidente. "Todas as evidências são observadas. A partir do momento em que ele é contratado por uma empresa, verificar se ele estava com a categoria que é discriminada no Código de Trânsito Brasileiro. Se ele estava na categoria correta. No caso de caminhão, o exigido é ser categoria D. Então isso é verificado também, porque aí pode ter também a responsabilização de quem o contratou de forma errada", afirmou. Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL Veja mais notícias da região no g1 AL

FONTE: https://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2025/03/12/trabalhador-que-morreu-em-obra-de-duplicacao-da-al-101-norte-trabalhava-em-caminhao-em-condicoes-precarias-segundo-colegas.ghtml


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