Indiciado pela PF, Braga Netto diz que 'nunca se tratou de golpe' e nem de 'plano de assassinar alguém'

  • 23/11/2024
(Foto: Reprodução)
Ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL), Braga Netto foi indiciado nesta semana pela Polícia Federal, juntamente com Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo, por tramarem um golpe de Estado no país. General Braga Netto é suspeito dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa Jornal Nacional O general Braga Netto negou neste sábado (23) que tenha participado de uma tentativa de golpe de Estado e, também, de assassinato. Essa é sua primeira manifestação pública sobre o assunto. Ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL), Braga Netto foi indiciado nesta semana pela Polícia Federal, juntamente com Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo, por tramarem um golpe de Estado no país. Eles são suspeitos dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa (veja abaixo as penas para cada um desses crimes). Ao todo, a lista tem 37 nomes (veja aqui). "Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém. Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de 'golpe dentro do golpe'. Haja criatividade…", escreveu Braga Netto, em rede social. O inquérito da Polícia Federal aponta uma organização criminosa que atuou de forma coordenada na tentativa de golpe para manter Bolsonaro após derrota na eleição de 2022. A investigação começou no ano passado e foi concluída dois dias após a Polícia Federal (PF) prender 4 militares e um policial federal acusados de tentar matar Lula, Alckmin e Moraes. Além de Braga Netto, também foram indiciados: Além de Bolsonaro, foram indiciados: o ex-presidente Jair Bolsonaro o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); o policial federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin); e Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro. O relatório final do inquérito, que tem mais de 800 páginas, foi concluído no início da tarde e vai ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação é um desdobramento do inquérito sobre a atuação das milícias digitai que, segundo a PF, se organizaram para atacar a democracia e o Estado democrático de Direito. Caberá à Procuradoria-geral da República (PGR) denunciar ou não os indiciados ao Supremo. Caso a Corte aceite a denúncia, eles se tornam réus e serão julgados. Veja as penas previstas: Golpe de Estado: 4 a 12 anos de prisão; Abolição violenta do Estado democrático de Direito: 4 a 8 anos de prisão; Integrar organização criminosa: 3 a 8 anos de prisão. Além do inquérito sobre o golpe de estado, Bolsonaro também já foi indiciado neste ano em outras duas investigações da Polícia Federal: o caso das joias sauditas e a fraude no cartão de vacinas. 6 núcleos golpistas As investigações apontaram que os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas e que se dividiram em 6 núcleos golpistas que se articularam para derrubar à força o Estado Democrático de Direito: ▶️Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; ▶️Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado; ▶️Núcleo Jurídico; ▶️Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas; ▶️Núcleo de Inteligência Paralela; ▶️Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/11/23/indiciado-pela-pf-braga-netto-diz-que-nunca-se-tratou-de-golpe-e-nem-de-plano-de-assassinar-alguem.ghtml


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